4.5 Grau de fixação endógena

O grau de fixação endógena é a proporção dos mestres ou dos doutores com emprego formal em determinada Unidade da Federação no ano de referência, que obtiveram seus títulos na referida Unidade da Federação. Nessa análise são levadas em consideração as populações de mestres e doutores titulados entre 1996 e o ano de referência, que possuíam emprego formal nesse último ano.

Apesar de apresentarem significativa heterogeneidade, os graus de fixação endógena de mestres e de doutores aumentaram na maioria das unidades da Federação entre os anos de 2009 e 2021, como mostra o gráfico 4.5.1. Este fato está certamente correlacionado à desconcentração da pós-graduação brasileira ocorrida naquele período. Unidades da Federação, que antes titulavam poucos mestres e doutores, passaram a titular números significativamente maiores destes profissionais, atendendo, assim, parcelas crescentes das demandas locais dos mercados de trabalho de mestres e doutores.

Entre 2009 e 2021, o grau de fixação endógena de mestres aumentou em todas as unidades da Federação, exceto em São Paulo, Santa Catarina, Ceará, Rio de Janeiro e Pernambuco. Os maiores ganhos de grau de fixação endógena de mestres ocorreram nos Estados de Roraima, Tocantins e Acre. Entre 2009 e 2021, tais estados tiveram seus graus de fixação endógena de mestres elevados respectivamente em 44,8; 42,5 e 33,8 pontos percentuais.

No caso dos doutores, houve aumento, entre 2009 e 2021, do grau de fixação endógena de todas as unidades da Federação, com a exceção de São Paulo. As unidades da Federação que mais elevaram seus graus de fixação endógena de doutores foram Sergipe, Mato Grosso do Sul e Goiás. Tais estados aumentaram seus graus de fixação endógena de doutores em respectivamente 28,7; 23,5 e 21,2 pontos percentuais.

Grau de fixação endógena por unidade da Federação, 2009 e 2021 (%)

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