3.3. Natureza jurídica dos estabelecimentos empregadores - 3.3. Natureza jurídica dos estabelecimentos empregadores
2024
3.3. Natureza jurídica dos estabelecimentos empregadores
No ano de 2009, a população de mestres com emprego formal no Brasil era de 184.960 indivíduos18. Dessa população, 23,4% estavam empregados por Entidades sem fins lucrativos, que eram as maiores empregadoras de mestres naquele ano. Entre 2009 e 2021, a participação dessas entidades no emprego total de mestres diminui quase 10 pontos percentuais. Tal queda fez com que tais entidades passassem da primeira posição, em 2009, para a quinta posição, em 2021, na escala das naturezas jurídicas que mais empregavam mestres. Em 2021, a população de mestres com emprego formal atingiu 441.983 mestres. Nesse ano, as Entidades empresariais privadas tinham passado a ser as responsáveis pela maior proporção do emprego de mestres (24,6%). A Administração pública estadual (21,6%) e a Administração pública federal (19,4%) ocupavam a segunda e a terceira posição entre os maiores empregadores de mestres no ano de 2021.
A população de doutores com emprego formal era de 73.767 indivíduos em 2009. Neste ano, 41,7% dos doutores estavam empregados pela Administração pública federal, que vinha ser a natureza jurídica que mais empregava doutores. A natureza jurídica que ocupava a segunda posição relativa entre as naturezas jurídicas que mais empregavam doutores era a Administração pública estadual (22.7%), seguida de perto pelas entidades sem finas lucrativos (20,6%). No ano de 2021, quando a população de doutores empregados havia passado a ser de 215.530 indivíduos, a posição relativa das três naturezas jurídicas que mais empregavam doutores não havia se alterado. Contudo, entre 2009 e 2021, a Administração pública estadual ganhou 4,0 pontos percentuais de participação no emprego de doutores e a Administração pública federal e as Entidades sem fins lucrativos perderam respectivamente 2,3 e 7,6 pontos percentuais de participação.
Entre 2009 e 2021, a participação das Entidades empresariais privadas no emprego de mestres e de doutores subiu significativamente. Em 2021, essas entidades foram as maiores empregadoras de mestres sendo responsáveis por cerca de um quarto do emprego total desses profissionais. Apesar de ter havido uma expansão de mais de 50% na proporção de doutores empregados pelas Entidades empresariais privadas entre os anos de 2009 e 2021, a proporção alcançada por essas entidades no ano mais recente ainda correspondia a aproximadamente metade daquela que esse mesmo tipo de entidades alcançou no caso do emprego de mestres.
Distribuição de empregados por natureza jurídica do estabelecimento empregador, 2009 e 2021 (%)
O gráfico 3.3.2 detalha a distribuição do emprego formal de mestres e de doutores titulados em cada uma das 9 grandes áreas do conhecimento em dois tipos de entidades empresariais, as privadas e as estatais. As estatais são constituídas por empresas cujo capital é inteiramente público e pelas sociedades de economia mista cujo controle acionário é de entidades públicas.
As maiores proporções de mestres contratados pelas Entidades empresariais privadas em 2021 foram de mestres titulados na grande área do conhecimento das Engenharias (21,4%), Ciências sociais aplicadas (18,6%) e Ciências da saúde (11,3%).
No caso dos doutores, as maiores proporções de empregados pelas Entidades empresariais privadas eram de titulados nas grandes áreas de Ciências da saúde (21,2%), Ciências agrárias (17,2%) e Ciências biológicas (12,6%).
Nas Entidades empresariais estatais, a ordem das três grandes áreas do conhecimento que mais empregavam mestres em 2021 era a mesma da existente nas entidades empresariais privadas: Engenharias (27,1%), Ciências sociais aplicadas (21,5%) e Ciências da saúde (15,9%).
No caso do emprego dos doutores nas Entidades empresariais estatais, a grande área do conhecimento das Ciências agrárias lidera o emprego (27,8%), seguida pelas Ciências da saúde (20,2%) e pelas Engenharias (16,7%).